quarta-feira, 25 de junho de 2008

Muito prazer, meu nome é Otário!

Existem porções recheadas de situações constrangedoras, que nos fazem perder nosso precioso tempo, pelo simples fato de serem, no caso, constrangedoras! Parece meio cômico, meio excêntrico, talvez até pareça engraçado: Chega o cara mais banal e pára ao seu lado e diz: “Deveria usar saias, deixam a suas pernas a vista.” E você olha, ou nem olha, apenas transpira constrangimento! Quem é esse cara? Porque carambolas ele ta falando das minhas pernas? E você responde, após alguns segundos digerindo a pergunta do infeliz: “Como? Você por um acaso é meu pai para dizer o que devo vestir?” O cara muito assustado, arregala os olhos e levanta a sobrancelha esquerda: “Foi apenas uma sugestão. Porque alguns dias atrás tu vieste de saia, e estavas tão linda...” Instantaneamente você exclama: “Hã?” E ele: “Heim?” E onomatopéias surgem em descontrole. E nada foge da realidade do constrangimento. No fim o cara banal pega o ônibus, que você deveria ter subido também, e vai embora, sem explicações concretas, nem respostas plausíveis. Você na parada, sem ônibus porque esquecera de subir por pura distração, já que estava perplexa com a situação ocorrida há instantes. Então você conclui que isso não fora real, que fora apenas uma nostalgia pré-almoço. Passam-se alguns minutos e o grande ponto de interrogação flua em sua cabeça. “Porque raios estou perdendo o meu tempo com isso?” E aí, concluo eu, que a vida passa e você perdeu seu tempo precioso com essa situação constrangedora. E muitas mais virão. Virão todas em grandes blocos, sempre sem avisos. E o que fazer? Apenas comece com um simples: “Muito prazer, meu nome é Otário”.

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