segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Completem a historinha ^^

Era um bonito dia no berço da infância. O Sol estava só no céu mas não solitário. Sua alegria irradiava todos os habitantes do belo lugar. Foi em um fundo de quintal, com rasas gramas e um fino caminho. Uma cerca protegia do precipício e havia um galinheiro de madeira que enfeitava o lugar de muitas lembranças. Local mais próprio para reunir os amigos não existe.

O galinheiro se encontrava desabitado. Perfeito para o que queríamos: ele é muito maior que parece. Cabem mais de vinte pessoas aqui. Logo começam a soar músicas e risadas. Cartas dão piruetas junto com seus jogadores. Ases do divertimento, reis da cocada preta, rainhas de alegria e bobos da corte de todos os tipos. Logo depois a felicidade era tanta que o riso se projetou a astro maior do acontecimento. Nada mais era necessário.

Foi no momento em que aparece o traidor, que brada agressivamente: "isto não é divertido! Isto é mera loucura, pura insensatez!". A alegria se dissipou. Estava pesado o ar, não se podia mais ouvir os bem-te-vis. eles não mais voavam pois naquele ar se podia nadar. "Então te achas no direito de definir o que é e o que não é?" Diz um dos amigos, enquanto os outros olham espantados. Não proferem palavras. Seria muito arriscado, pensam eles. Apenas um dialoga com o traidor. Na verdade trocam insultos. o defensor pensa "O que ele acha que quer dizer agora??" "Certamente não merece o ar que respira".

E chega o momento onde o racional é apenas uma lembrança. A selvageria toma conta. O traidor logo cai nocauteado, mas seu agressor não acha que é o suficiente. Com um golpe na testa o desmaia e com outro lhe faz sangrar e o quebra o crânio. Podem se ver rachaduras. Os golpes foram furiosos, a luta durou um piscar de olhos. Mas agora há sangue em suas mãos. Os demais amigos não proferem uma palavra ainda. Eles se aproximam. Seus olhares dizem "O que tu fizeste?" "Ele merecia ser punido, mas isso foi demais!". No momento o agressor percebe que não era mais defensor. Ele joga o corpo no precipício. Ninguém os encontrará lá. Depois do precipício nunca houve notícia de alguém. Boatos talvez, mas nestes não se confia.

O corpo foi esquecido. O agressor percebe o que fez. Ele entra em choque. Um dos espectadores dá um passo a frente e diz uma única palavra: "Acabou". Sim, não há mais volta. O que foi feito não pode ser desfeito por palavras ou ações. Todos juram solenemente o seu silêncio, mas há uma perturbação novamente. Há alguém chegando. "Senhoras, áureas inquisidoras. o que fazem por aqui?" Elas respondem com um sorriso. Não sabem do ocorrido, mas podem facilmente descobrir. Devemos prosseguir com extrema cautela. É melhor a despedida agora. Este lugar não é mais próprio. Todos estão marcados. Mas o agressor nota que deixou as cartas para trás. Deve recuperá-las, não sabe por que, mas há uma urgência nisso. Ele volta e as põe em sua mochila. Na saída todos foram embora. Chega mais um amigo, o mais antigo de todos. Lhe oferece uma carona até sua casa, mas devem caminhar até o carro. Na caminhada, enquanto se despede das senhoras, começa a chover forte. Seu amigo logo diz que será bom para as queimaduras. "mas nada queimou" - pensa o agressor. Mas seus braçoes estão vermelhos e inchados. Começam a aquecer mas são logo resfriados pela chuva. "Vamos então" diz o agressor a seu parceiro.